Eu não sei se você já fez o ENEM, se vai fazer ou se nem pensa nessa hipótese.
Eu agradeço por eu ter conseguido perceber que o ENEM não é a única opção que temos para termos sucesso em nossa vida.
Sei que muitas pessoas não vão conseguir ter essa percepção, e isso é muito triste.
É por isso que estou escrevendo esta newsletter: expandir o seu horizonte, além de documentar a minha própria experiência.
Você já está na corrida dos ratos
É isso mesmo, sem enrolação. Assim que você começa a escola, você já está preso na corrida dos ratos. Você é mais um de milhões e bilhões que vão à escola.
Quando você completa certa idade, o mundo começa a perder a cor. Ser um astronauta já vira um motivo de piada e desmotivação dos pais.
Você começa a ser menos criativo e menos sonhador. Você abraça a mediocridade e aprisiona a sua verdadeira essência…
É reprimindo as suas singularidades que você acaba entrando na corrida dos ratos. “Não vai fazer o ENEM? Tu vai ser um vagabundo” é o que muitos com certeza já ouviram por quererem ser diferentes dos iguais…
A escola é um fator crucial na questão educacional e social. O problema é que a sua metodologia não é focada na vida depois da escola, na fase adulta… Eles te preparam para o ENEM, uma prova que “define o seu futuro” e só acontece uma vez por ano, somente para isso.
Eu sou grato por ter feito o meu ensino médio em uma escola que, mesmo que pouco, chegou a trabalhar outras questões sem ser sobre o ENEM. Não posso deixar de falar do ensino técnico que nos foi dado, que foi como uma nova forma de enxergar as coisas.
Porém, isso não foi o suficiente, ainda está longe de acordar os alunos…
Calcular o tempo que você demora para fazer cada questão, preencher o gabarito corretamente… Por que tudo hoje em dia prioriza a pressa? Será que as pessoas nunca ouviram que a pressa é inimiga da perfeição?
Como o aluno pode se sentir confortável em tirar a sua dúvida se ela pode acabar tomando todo o tempo da aula?
Isso sempre foi um fator que me afastou de química, por exemplo, porque eu realmente não entendia nada e sabia que o professor não conseguiria explicar em somente uma aula, e eu também sabia que ele tinha que passar tudo às pressas para dar tempo de passar a matéria para o ENEM.
E não estou dizendo que a culpa é dos professores.
ENEM isso, ENEM aquilo… O ENEM vira o protagonista das suas aulas. Sempre foi, nunca realmente foi o aluno, por mais que tentem fazer com que seja o contrário…
É dessa forma que as pessoas acabam tomando o ENEM como a única opção para o seu sucesso.
O ENEM e a sua morte
Talvez o ENEM seja, na verdade, o assassino dos seus sonhos e objetivos reais. Quero transmitir a ideia de que nós acabamos matando a nossa essência.
Acabamos com os nossos sonhos e a nossa saúde mental por causa dessa pressão.
Eu já vi pessoas chorando e se questionando se elas vão conseguir ser boas naquilo que elas querem ser e já vi pessoas indo aliviar a pressão depois da prova, como ir em um bar para beber — nem vou me estender nesse assunto.
No dia que eu estava fazendo a prova, um moleque estava simplesmente vomitando no banheiro.
Acredito eu que foi pela pressão. Se for por questões de saúde, também é outro ponto a se alertar: a pessoa deixa a saúde de lado para fazer o ENEM.
Toda a pressão acaba gerando ansiedade nas pessoas.
Isso porque é vendido a ideia de que, para ter o seu sucesso na carreira ou na vida, você precisa fazer uma faculdade.
E como o indivíduo conseguirá entrar em uma faculdade sem ter que gastar uma fortuna aqui no Brasil? Com a nota do ENEM!
Dependendo da vocação que você pretende seguir, você realmente vai precisar do ENEM. Eu realmente critico, mas critico pelo jeito que ele é feito e a ideia que ele vende.
Porque, seguindo o raciocínio de sucesso, as pessoas acham que precisarão estar em profissões onde o salário é muito alto, como a medicina.
Isso fará com que a pessoa viva a vida toda trabalhando com algo que elas não gostam de fato, serão infelizes por um longo tempo de suas vidas.
Eu não consigo achar normal, por exemplo, quando um médico — que deveria se preocupar com a saúde do seu cliente acima de tudo — só pensa no dinheiro que vai cair no final do mês.
Não se limite somente ao Brasil
Agora, vamos passar para outro problema: as faculdades no Brasil.
A estrutura das faculdades é péssima (sei que não são todas), onde a limpeza é largada, cadeiras quebradas, goteiras… Isso só falando da “estética”.
Já na parte social, é tão ruim quanto. Professores que doutrinam os seus alunos utilizando o sistema é o que mais acontece. Gostando ou não dele, o Wilker Leão é uma prova disso.
Os professores se revoltam com simples perguntas, além de ficarem irritados quando ele está gravando (somente o seu próprio rosto). Isso deveria ser permitido para a própria segurança e/ou aprendizado…
Você sabia que nos Estados Unidos, você pode gravar as aulas?
Pois é! A estrutura lá é absurdamente melhor que a do Brasil. Só para dar um exemplo, a maioria das faculdades de lá garantem um MacBook para o aluno estudar.
Fora isso, diferente do Brasil, eles priorizam o seu perfil e suas singularidades. Lá, você pode ganhar bolsas de estudo a partir do esporte que você pratica, atividade extracurricular que gosta e pelo histórico escolar, que aqui é absolutamente de enfeite.
A dor de cabeça para entrar em uma universidade americana é muito menor. Sem contar a maior qualidade de vida, a oportunidade de conhecer outra cultura e aperfeiçoar o seu inglês…
Se você quer saber mais sobre todo o processo para entrar em uma faculdade nos Estados Unidos, aconselho que fique ligado na YouCan Brazil.
É aqui que eu me despeço
Quero que vocês saibam que eu não estou falando o que é para vocês fazerem, apenas estou dando os meus pontos e opiniões das minhas experiências e escolhas.
Faça o que for melhor para você. Todo objetivo profissional é nobre. Precisa do ENEM? Vai lá e faz! Quer estudar em alguma faculdade brasileira? Vai lá e estuda! Não tem nada de errado nisso, se realmente é a sua vontade.
Agora, se não for o que você quer, pode ter certeza que você vai ser infeliz com a sua escolha… Faça o que faz sentido para você.
Acho que é isso…
Até a próxima newsletter, caro leitor!
E não se esqueça: viva a vida com vida.